Projeto 72 Horas

O Projeto 72 Horas compõe-se de um período de residência artística, seminário e exposição - Projeto promovido pelo Atelier Livre da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, apoiado pelo Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MAC/RS) e Atelier Subterrânea.

O Atelier Livre completa em 2011 cinqüenta anos de história. A realização deste projeto pretende contribuir para reflexão deste espaço frente às novas demandas da arte na sociedade porto-alegrense, além de discutir o atual papel do Atelier Livre dentro de um circuito de arte local.



1-Residência

A Residência consiste em um espaço de tempo de 72 horas, período em que 9 artistas permanecerão integralmente dentro dos limites do espaço físico do Atelier Livre da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, para o convívio, reflexão e criação. A proposta pretende incentivar a discussão e a convivência de artistas de gerações, interesses e práticas variadas, para desta forma, contrapor posições e pontos de vista diferentes em Artes Visuais.  Além da participação dos artistas, a residência também contará com o acompanhamento de Maria Amélia Bulhões, doutora em história, teoria e critica de Arte. 
A atividade ocorrerá  de 8 a 11 de abril, e estará aberta para a visitação do público em geral nos dias 9 e 10 de abril, das 17 horas às 20 horas.  

2 - Exposição e seminário

A exposição e o seminário que sucederão a residência do 72 horas têm por objetivo promover a reflexão sobre as relações entre arte contemporânea em Porto Alegre, o circuito de arte atual, e o Atelier Livre - como tais relações podem se estabelecer, resistir, ou mesmo se contrapor na atualidade.
Os trabalhos e reflexões decorrentes do intensivo período de residência serão expostos e/ou abordados durante este período.

Segue abaixo programação de pautas para o seminário e cronograma do projeto. Local, datas e horários serão informados em breve.
Seminário:

1° encontro:
Projeto 72 HORAS
2° encontro:
O Atelier Livre e o circuito contemporâneo de arte em Porto Alegre.

3° encontro:
O Atelier Livre  50 anos de história e os desafios contemporâneos.




Cronograma:

Residência de 72 horas: de  8 a 11 de abril
Período de visitação do público a residência: 9 e 10 de abril, das 17 horas as 20 horas. 

Seminário : 29 e 30 de junho e 1 de julho de 2011
Exposição: abertura, 16 de junho de 2011




  Coordenadores:
Felipe Caldas

Artistas Participantes:


Claudia Sperb

Novo Hamburgo/RS. Artista trabalha principalmente com xilogravura. Já realizou diversas exposições coletivas e individuais, dentre as individuais destacam-se: “SERPENTES” no MARGS, salas negras, e no Museu Arte de Joinvile. Possui trabalhos no acervo do Instituto Butantan/SP. Obteve diversos prêmios:  2006- Açoriano de Artes Plásticas-Destaque Gravura/POA-RGS.-Exposição, 16º Salão de Artes Plásticas da Câmara Municipal de Porto Alegre.- 2004Aquisição - Salão de Arte Pará.1991- Menção Especial no 1° Salão Universitário de Artes Plásticas Latino Americano do Mato G. Sul Campo Grande – MS.

Claudia Sperb, Cobras Tatuadas, xilogravura
























Carlos Asp

(1948), nasceu em Porto Alegre/RS e reside em Florianópolis/SC desde 1978. Licenciado em Artes Plásticas no CEART/UDESC, atua como arte educador e  pesquisador em arte, nos últimos 30 anos, tendo mostrado sua produção em importantes galerias, museus e salões nacionais de arte, com obras premiadas e compondo o acervo destes.

C

Denise Helfenstein    
 
(Porto Alegre, 1978).  Pesquisas envolvendo a apreensão espaço-tempo através de experimentações em fotografia, registros de áudio e suas relações em diferentes suportes de montagem. Mestre em Artes Visuais pelo PPGAV – UFRGS.  Orientadora do curso  de Fotografia Artesanal no Atelier Livre em 2009. Atualmente professora da FEEVALE.
Integrante do grupo de pesquisas Camera Lucida de 2001 a 2003. Contemplada, em 2005, com a bolsa de estímulo à produção do III Prêmio Casa de Cultura Mário Quintana de Fotografia, para desenvolvimento do projeto Fragmentos – apresentado na Galeria Augusto Meyer no ano de 2006. De 2003 a 2008 atuou na região das ilhas do Guaíba, em Porto Alegre, com os projetos Arquipélago (fotografia \ 2003-2005), apresentado na Galeria dos Arcos – Centro Cultural Usina do Gasômetro, e Pontos de Vista: relatos de intervalos sobre a paisagem (ação, fotografias, livro de artista \ 2008), apresentado no Salão da Câmara Municipal de Porto Alegre do mesmo ano.  Participou como artista convidada da I Mostra de Fotografia Contemporânea do Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre, em 2007, e na exposição de III edição da mesma Mostra, no Santander Cultural, com a instalação A Captura da Paisagem, em 2010.

http://denisehelfensteinfotografia.blogspot.com/

Denise Helfenstein, Ipanema 1m e 58s, vídeo instalação.

























Felipe Caldas

Felipe caldas, 1986, Porto Alegre. Licenciado em educação artística pelo Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, atualmente está cursando o bacharelado em Artes Visuais pela mesma universidade. Participa da pesquisa: Artes do espaço em tempos de modernidade líquida: um estudo sobre a problemática das relações entre a obra de arte e os espaços de exposição. Coordenado pela profa. Dra. Ana Maria Albani de Carvalho. Participou de exposições coletivas em Porto Alegre e em outros estados.  Foi selecionado para 6° Salão Nacional de Arte do Museu de Arte Contemporânea de Jataí/GO, 12° Salão UNAMA de pequenos formatos em Belém, Pará, 18° Salão de Artes Plásticas da Câmara Municipal de Porto Alegre, entre outros. Possui trabalhos no acervo do Museu de Arte contemporânea de Jataí, Goiás.

Felipe Caldas, S/Título, 220 X110 cm, pintura e colagens sobre madeira, 2011.




















Gelson Radaelli

Gelson Radaelli, Nova Brescia, RS, Brasil, 1960. Graduado em Comunicação na Universidade do Vale do Rio dos Sinos, em 1986. Atualmente reside em Porto Alegre, onde trabalha com pintura e desenhos. Participou diversas exposições coletivas e individuais, dentre elas estão:2004 – Porto Alegre, Brasil - Galeria Bolsa de Arte (individual), 1996 – Porto Alegre, Brasil - Anos 90, Pinacoteca Aldo Locatelli, MARGS(coletiva), 1995 - São Paulo, Brasil - II Prêmio Günther de Pintura, USP/MAC(coletiva), 2007 – Porto Alegre, Brasil – Pequenos Desenhos, Galeria Subterrânea (Coletiva).


Rodrigo Núñez

Nascido em 1970 e residente em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Tem toda a sua formação artística no Instituto de Artes da UFRGS. Apresenta sua produção artística em cerâmica, desenho, pintura e fotografia. Desde 1996 é professor na área de Cerâmica no Instituto de Artes da UFRGS. Realizou diversas exposições individuais e coletivas.




















Marcelo Monteiro
   
Artista natural de Porto Alegre, estudou no Atelier Livre. Trabalha com xilogravura, litografia, calcografia, desenho, fotografia e vídeo. Sua primeira exposição individual foi “Ossos do Ofício” em 2004, via edital do Núcleo de Gravura do Rio Grande do Sul. Em 2006 expôs no MARGS na coletiva “Percursos – Gravuras Contemporâneas”. No ano de 2007 teve seus desenhos publicados no livro"Dos Homens" de Louis L.Kodo pela Editora Zouk. Recebeu o primeiro lugar na Premiação "Descobrindo Talentos" pelo SESI em 2008. Fez parte do projeto "Xirugravuras" da Galeria Choque Cultural de São Paulo, livro com tiragem de 400 exemplares, em 2008. Colaborou e participou do apanhado histórico sobre gravura no Estado do RS "Gráfica Gaúcha I, II e III" sob curadoria de Anico Herszkovitz. Trabalho publicado na revista virtual: www.ideafixa.com/14/. Em Janeiro de 2010, participou da exposição "Do Papel ao Pixel" no Memorial da América Latina em São Paulo.


Wilson Cavalcanti (Cava)

Cavalcanti (Cava), Wilson Furtado. Nasceu em Pelotas/RS 02.03.50. Tem sua formação básica no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre. É instrutor de arte no Atelier Livre da Prefeitura onde ministra as oficinas de desenho e gravura. Entre as diversas exposições que já realizou encontram-se a “17 Gravadores Gaúchos”, no Club del Grabado de Montevidéu/Uruguai em 1978; “A Gravura no Rio Grande do Sul: Atualidade”, no MAC em São Paulo em 1985; “La June Gravure Contemporaine”, no Grand Palais Champs- Elisées, Paris/França em 1987; “A Jovem Gravura Contemporânea, MAC, São Paulo/SP em 1989; “Grabados Contemporaineos”, Brasil SUR, Buenos Aires, Argentina em 1996; “90% Gravura”, no Centro Municipal de Cultura, PoA/RS  em 2001; “De Olhos Fechados Vejo Melhor!”, no Museu do Trabalho, em PoA/RS em 2002; “Iluminuração”, na Arte e Fato Galeria em 2007; “30 Anos de Mim Mesmo”, no Cultural Gasllery of Arts Dante Sfoggial, em Porto Alegre/RS  em 2009. Entre o os prêmios que já recebeu encontra-se o IXº Salão Jovem Artista; IXº Mostra de Gravura de Curitiba; IXº Salão de Câmara de Porto Alegre. Em 2010 recebe o Prêmio Açoriano Destaque em Gravura.

 Contato: rua Mario Totta, 382 – Porto Alegre/RS. Fone: (51) 9942.6121; Cel.: (51) 3239.6009


Cava, Tempo rodando ao contrário, objeto, 30X20 cm, 2010































Túlio Pinto

Túlio Pinto nasceu em Brasília em 1974. É formado em Artes Visuais com habilitação em escultura pela UFRGS (2009). Realizou diversas mostras individuais e coletivas, no Brasil e no exterior, e possui obras nos acervos do Museu Nacional de Brasília, Museu de Arte de Ribeirão Preto – SP e na Pinacoteca Municipal Aldo Locatelli - Porto Alegre – RS.  Contemplado com o Prêmio Aquisição Leonello Berti – 35° SARP, Prêmio Conexão Funarte/MinC/Petrobras | Projeto “Programa de exposições Atelier Subterrânea 2010/2”, IV Prêmio Açorianos de Artes Plásticas – Destaque em Escultura 2009, III Prêmio Açorianos para Projeto Alternativo de produção plástica 2008 – Atelier Subterrânea e pelo Concurso de criação de painel para o Anexo II da UFCSPA' – 2° lugar na seleção de projeto para a licitação de obra pública – 2009. Vive e trabalha em Porto Alegre onde é cofundador e integrante do Atelier Subterrânea.


BREVE RELATO DE PRODUÇÃO

Os conceitos de impermanência e transformação gravitam em torno do meu interesse. Todo projeto parte da ideia de promover o encontro entre materiais distintos – cada um carregando em si suas características de ser e de estar – gerando contrastes que acentuam suas particularidades. Peso, rigidez e elasticidade são algumas das qualidades acionadas por princípios físicos que regem o mundo em que vivemos. Os eventos resultantes das proposições que procuro estabelecer trazem à tona um caráter performático dos materiais empregados, no que tange os limites impostos a eles nos sistemas de suas relações. Limites de ordem física através de arranjos e combinações de materiais ordinários - protagonistas de eventos geradores de tensão, equilíbrio, compressão, deslocamento e suas possíveis derivações no espaço e tempo.
Os trabalhos que realizei até então são nada mais do que releituras particulares do mundo, tentativas de decifrar seus enigmas. Desta forma, entendo-me como parte integrante dos arranjos que produzo nestes constantes exercícios que são, no mais, extensões de mim mesmo. O concreto-corpo-peso e o balão-corpo-ar são metáforas para condições de existência do ser. Procuro criar, através de minhas proposições, nos diálogos que estabelecem por meio das leis que determinam sua existência – leis do mundo – um lugar de experiência e reflexão.


  Túlio Pinto, Silêncio,  135X470X510 cm , tecidos e bloco de concreto, 2011























Crítica Convidada:


Maria Amélia Bulhões

Pesquisadora sênior do CNPq, professora e orientadora do Programa de Pós-graduação em Artes Visuais da UFRGS, com pós-doutorado nas Universidades de Paris I, Sorbonne e Politécnica de Valencia. Atua como crítica de arte, dirige o http://www.ig.art.br/’, organizou e publicou diversos livros, colaborando regularmente com artigos em revistas nacionais e internacionais.





APOIO: